RECEITA DE FRANGO COM WHISKY... Muito boa receita, eu ainda não fiz, estou esperando uma oportunidade, uma festa...quem sabe no meu aniversario...tá perto ..... Ótima pra fazer em dias de festa. Ingredientes:- 01 garrafa de whisky (do bom claro!)- 01 frango de aproximadamente 02 quilos- sal, pimenta e cheiro verde a gosto- 350 ml de azeite de oliva extra Virgem- nozes moídas Modo de preparar:- pegue o frango- beba um copo de whisky- envolver o frango e temperá-lo com sal, pimenta e cheiro verde a gosto.- massageá-lo com azeite.- Pré-aquecer o forno por aproximadamente 10 minutos.- Sirva-se de uma boa dose (caprichada) de whisky enquanto aguarda.- Use as nozes moídas como 'tira gosto'.- Colocar o frango em uma assadeira grande.- Sirva-se de mais duas doses de whisky.- Axustar o terbostato na marca 3 , e debois de uns vinch binutos,botar para assassinar. - digu: assar a ave.- Derrubar uma dose de whisky debois de beia hora, formar abaertura egontrolar a assadura do frango.- Tentar zentar na gadeira, servir-se de uoooooooootra dose sarada de whisky.- Cozer(?), costurar(?), cozinhar, sei lá, voda-se o vrango.- Deixáááá o filho da buta do pato no vorno por umas 4 horas.- Tentar retirar o vrango do vorno. Num vai guemar a mão, garaio!- Mandar mais uma boa dose de whisky pra dentro . . De você, é claro.- Tentar novamente tirar o sacana do vrango do vorno, porque na primeira teenndadiiiva dããão deeeeuuuuuu.- Begar o vrango que gaiu no jão e enjugar o filho da buta com o bano de jão e cologá-lo numa pandeja ou qualquer outra borra, bois avinal você nem gosssssssssta muito dessa bosta mesmo.- Tá Bronto.
Cleonice Bertasso
SUN TZU | ||
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O princípio geral da guerra é : "manter o estado do inimigo intacto, dominar seu o exército e forçá-lo à rendição é melhor do que esmagá-lo". Assim, a melhor política para as operações militares é obter a vitória, atacando a estratégia do inimigo. A segunda melhor política é desintegrar as alianças do inimigo por meio da diplomacia; em seguida, atacar soldados, lançando um ataque ao inimigo; mas, a pior política é atacar violentamente cidades fortificadas e subjugar territórios.
"...aquele que conhece o inimigo e a si mesmo, lutará cem batalhas sem perigo de derrota; para aquele que não conhece o inimigo, mas conhece a si mesmo, as chances para a vitória ou para a derrota serão iguais; aquele que não conhece nem o inimigo e nem a si próprio, será derrotado em todas as batalhas." |
Que guerra é essa em que fomos nos meter, companheiro, que estamos todos meio surdos e cegos. Que não sabemos mais o que um dia nos uniu. Que inimigo poderoso é esse que transtorna nossos pensamentos, sem que jamais percebamos qualquer movimento seu? Que a simplicidade que nos fazia saborear a doce fraternidade, a solidariedade e a cooperação, hoje está reduzida a alguns gritos, a bocas tortas, deformadas pelo ódio.
Eu sou um que não entende tanta dor. Eu sou um que sente saudades do futuro que sonhamos juntos. Nossos adversários sempre souberam das nossas fraquezas. Porque combatemos o bom combate, de peito aberto. Mas agora não mais, camarada. Não mais.
Agora vamos recolher os trapos velhos que nos restaram. A pouca memória que ainda sussura em nossos cérebros. E vamos voltar pras árvores, pras cavernas. Vamos ser novamente o vento. E nada mais.
Tá ouvindo? Esse tic tac? Tá comigo. Sou eu. É melhor não chegar perto. É aconselhável procurar outra estrada. A qualquer momento vai acontecer e não é bonito de se ver. Incomoda, gera dúvidas.
Ficar por perto é ter que pensar: o que será que realmente vale à pena? Cada minuto, cada segundo, vai ficando precioso, indispensável. Cada decisão, a última. Pra que viver? Quais são os desejos mais intensos e subterrâneos? Tudo isso vai acontecendo por aqui.
Tic tac. Tic tac. Com quem você passaria sua última noite? Que boca beijaria? Que palavras são basilares nessa sua construção? Uma chuva incessante de perguntas. O tempo todo. Perto de mim.
Vai, foge agora enquanto é possível. Procura a vida calma da civilização. Procura a sombra benigna do status quo.
Aqui só tem uma pressão insuportável. E esse tic tac ensurdecedor. De tão alto, ninguém mais ouve. Mas se você parar um segundo e se conseguir me ver. Num vislumbre poderá perceber que só aqui comigo está o que você procura. Você finalmente me encontrou.
Eu sou o significado mais oculto do teu sonho. O relógio que escorre pela mesa. Eu sou a última curva, antes do abraço, na linha de chegada. Eu sou o prelúdio do grande vazio.
Eu sou o grande amor do mundo.
Tic tac
57º Congresso Internacional do Medo
No princípio é o medo.
Todo boi é da cara preta. Todo bicho é papão. Todo suor é frio. Todo terror, noturno. Há um monstro embaixo de cada cama. Há um monstro embaixo de cada país.
A indústria do medo, as plantações de pavor, o comércio do susto, a genética da fobia, a clonagem do terror. Este, o sentimento do mundo.
Só existem noites. O sol fugiu para outra galáxia, em busca de outra humanidade. Mas as sombras permanecem. E têm medo da própria sombra.
Mas o mal não chega mais. Fica sempre à espreita, na próxima esquina. E as esquinas também não chegam. Estão sempre no próximo passo. Que ninguém dará.
Alcançamos o reino da liberdade, nenhuma porta mais tem chave. Pode ser aberta a qualquer hora por qualquer um. Não há mais miseráveis nem despossuídos. Todos tem o que perder. E não é mais necessário desconfiar de ninguém. Todos são inimigos.
Preparamos uma canção que enlouquece os homens e acorda as crianças. Nosso hino, a ser cantado nas igrejas, nas escolas, nos estádios, em todos os lugares de encontro. Se encontros houvesse.
É obrigatório sonhar. E os sonhos são abismos, ondas, nudez na multidão, pernas que não saem do lugar. E o ar pesado, inquieto, que não se deixa respirar.
Ninguém mais morre de medo. Não se toca nesse assunto, não se pensa essa palavra. Ficamos todos vivos, pressentindo a morte, que a terra havia de comer. Mas já não come. E vomita sua morte, enjoada de você.
Já não se gritam os gritos, que se enredam, guardados na gargantas. Chegou o tempo em que não se diz mais.
Toda mão está suja, toda fotografia dói, toda memória é remorso. O esquecimento está morto.
Toda canção é do exílio. Todo trabalho é forçado. E chegou a vez da esperança. É a única que morre.
Mas não se preocupe, a importância não tem mais importância.
Os sertões murcharam, os mares se afogaram, os desertos sumiram. As flores se mataram, os soldados atrofiaram, as mães desertaram, os ditadores choraram, os democratas fugiram. O que restou? Quem sabe? Não há ninguém para responder. Não há ninguém para perguntar.
A partir de hoje, cada um já nasce com seu próprio pânico. E nas maternidades estão brotando flores amarelas e medrosas.
César Cardoso (na revista Caros Amigos de novembro de 2003)