Disse o profeta:

Eu ando pensando com mais freqüência, como seria a cena de sexo, no filme que contasse a história do nosso amor. Como seriam: a luz, os ângulos da câmera, se a gente poria algum efeito especial.

Pensei que a gente podia fazer uma parte com pouquíssima luz, talvez um tom azulado, lembrando a lua, e uns sons bem sutis de respiração, pra marcar o ritmo. Depois entrasse um jazz, talvez um daqueles Miles Davis que levam a gente pra longe já nos primeiros 7 segundos de música. Então tu estarias sentada na cama, nua, de costas, fumando. A luz amarela da lâmpada lembrando a solidão dos corpos separados. A câmera dá um close na tua tatuagem. Fim da cena.

Disse o profeta:

Eu queria fazer uma pergunta pra galera que curte uma formalidade. Sexo virtual configura quebra de contrato? É matéria novíssima no direito de família. Alguém sabe de algum caso?
Disse o profeta:

estavam um homem gay e uma mulher louca, num país periférico qualquer, discutindo sobre quem sofria maior preconceito. ali do lado, maria ouvia a conversa aparentemente distante. quando estavam no auge do calor dos argumentos a maria disse: existe uma coisa pior do que ser louca ou gay. é ser drogado. e a gargalhada foi geral. salve a santa globalização dos meios de produção.