Disse o profeta:

Eu nem sei bem porque detesto esse burburinho do cotidiano pela casa. A TV ligada no jornal do almoço, o barulho de metais que vem da cozinha em função, o telefone que toca perguntando porque a vida continua igual, os carros entrando e saindo da casa.
Mas aí da rua ao lado da janela, ouço a voz do nosso louco da vila, sugerindo ao ser imaginário de seu delírio, que vá com deus...
Quando fico sozinho, as únicas informações vêm da TV e da internet. Mesmo quando violentas, não assustam. Basta um clic e elas desaparecem. As pessoas, não.
A virtualidade me cai bem demais. Solidão iluminada, longe dessa idade das trevas:

Quando eu chego em casa nada me consola, você está sempre aflita.

Então essa galinha chamada vida, bota um ovo.
E eu corro pra escrever sobre tudo isso.

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