Disse o profeta:
Da série diálogos impossíveis, com a querida Pan de Sampa:
Nilo
mas vai ler, acho que vou fazer o mesmo
Pan
o problema é, qdo eu acabar esse, não terei mais o que ler
Nilo
conheço isso bem demais
quem sabe eu te ajudo a achar alguma coisa
Pan
ehehhe preciso de $ pra comprar
Nilo
aí tem uns sebos bons
Nilo
sebo do bac
Pan
ehehhe
Pan
mas nao tenho nem um realzinho sequer
Nilo
ah que lindo, exatamente como eu
Nilo
nem pra condução
Nilo
ah não, minto
Nilo
me deram 3 pila pro café, eu gastei 1 e sobraram 2
Pan
auhauahua
Pan
eu tô sem até pra condução
Pan
tá foda
Nilo
o antônio do boteco cobra 2 numa antártica
Pan
deixei um workshop do caraleo hj pra tras
Nilo
mas eu tomo no mínimo 5
Pan
fotografia + tipografia
Nilo
então vou esperar que chova
Pan
pq nao tinha como ir pra facul
Nilo
fueda
Disse o profeta:
Do Efraim Medina Reyes, de um livro chamado Técnicas de masturbação entre batman e robin:
Há entre duas criaturas, entre dois silêncios, entre duas pedras, uma distância, um olho escuro e um relâmpago. O universo viaja muito adentro de si mesmo e se projeta em nós como um sonho. A realidade não são as estrelas mas o lugar vazio entre elas, a realidade não é o globo de Symnes mas o que está fora desse globo. Essa linha por onde se desloca cada dia nossa sombra, esse lugar que recolhe nossas emoções e silêncios, esse credo que não percebemos e que nos oprime, essa mutação sem saída.
Há entre duas criaturas um sopro, um fogo que arde para o interior, uma carícia jamais conseguida, um medo que assusta a si mesmo, um manicômio repleto, uma vida que gostaria de se inventar, algo inquietante, abismal.
Há entre duas criaturas uma folha seca, um peixe de cristal, uma coluna de formigas de ouro, uma canção sem voz, um crime, um segredo que não lhes pertence.
Do Efraim Medina Reyes, de um livro chamado Técnicas de masturbação entre batman e robin:
Há entre duas criaturas, entre dois silêncios, entre duas pedras, uma distância, um olho escuro e um relâmpago. O universo viaja muito adentro de si mesmo e se projeta em nós como um sonho. A realidade não são as estrelas mas o lugar vazio entre elas, a realidade não é o globo de Symnes mas o que está fora desse globo. Essa linha por onde se desloca cada dia nossa sombra, esse lugar que recolhe nossas emoções e silêncios, esse credo que não percebemos e que nos oprime, essa mutação sem saída.
Há entre duas criaturas um sopro, um fogo que arde para o interior, uma carícia jamais conseguida, um medo que assusta a si mesmo, um manicômio repleto, uma vida que gostaria de se inventar, algo inquietante, abismal.
Há entre duas criaturas uma folha seca, um peixe de cristal, uma coluna de formigas de ouro, uma canção sem voz, um crime, um segredo que não lhes pertence.
Disse o profeta:
Mais uma do velho safado, mesmo livro Factótum:
- Você é casado, Manny
- Sem chance.
- Mulheres?
- Às vezes, mas nunca dura.
- Qual é o problema?
- Uma mulher é um emprego de turno integral. É preciso escolher sua profissão.
- Acredito que há um esgotamento emocional.
- E físico também. Elas querem trepar dia e noite.
- Consiga uma que você goste de comer.
- Sim, mas se você bebe ou joga, elas pensam que isso deprecia o amor que elas sentem por você.
- Arrume uma que goste de beber, jogar e foder.
- Quem quer uma mulher assim?
Mais uma do velho safado, mesmo livro Factótum:
- Você é casado, Manny
- Sem chance.
- Mulheres?
- Às vezes, mas nunca dura.
- Qual é o problema?
- Uma mulher é um emprego de turno integral. É preciso escolher sua profissão.
- Acredito que há um esgotamento emocional.
- E físico também. Elas querem trepar dia e noite.
- Consiga uma que você goste de comer.
- Sim, mas se você bebe ou joga, elas pensam que isso deprecia o amor que elas sentem por você.
- Arrume uma que goste de beber, jogar e foder.
- Quem quer uma mulher assim?
uma dose de bukowksi
Disse o profeta:
Toda vez que eu passava pelo corredor da pensão, Gertrude parecia estar ali plantada. Era perfeita, sexo puro e enlouquecedor, e ela sabia disso, e jogava com isso, e destilava isso, e permitia que você sofresse desejando aquilo. Isso a deixava feliz. E também não me fazia mal. Ela podia simplesmente ter encerrado tudo, privando-me do calor que me provocavam aquelas gotinhas que ela deixava escorrer. Como a maioria dos homens numa situação como esta, percebi que não conseguiria nada com ela - conversas íntimas, excursões excitantes pela costa, longas caminhadas aos domingos - até que lhe tivesse feito umas quantas promessas absurdas.
- Você é um cara estranho. Passa um bocado de tempo sozinho, não?
- Sim.
- O que há de errado?
- Estive doente por muito tempo, antes daquela manhã em que você me conheceu.
- Está doente agora?
- Não.
- Então o que há de errado?
- Não gosto de pessoas.
- Você acha que isso é certo?
- Provalvelmente não.
- Você iria comigo ao cinema uma noite dessas?
Charles Bukowski in Factótum
Toda vez que eu passava pelo corredor da pensão, Gertrude parecia estar ali plantada. Era perfeita, sexo puro e enlouquecedor, e ela sabia disso, e jogava com isso, e destilava isso, e permitia que você sofresse desejando aquilo. Isso a deixava feliz. E também não me fazia mal. Ela podia simplesmente ter encerrado tudo, privando-me do calor que me provocavam aquelas gotinhas que ela deixava escorrer. Como a maioria dos homens numa situação como esta, percebi que não conseguiria nada com ela - conversas íntimas, excursões excitantes pela costa, longas caminhadas aos domingos - até que lhe tivesse feito umas quantas promessas absurdas.
- Você é um cara estranho. Passa um bocado de tempo sozinho, não?
- Sim.
- O que há de errado?
- Estive doente por muito tempo, antes daquela manhã em que você me conheceu.
- Está doente agora?
- Não.
- Então o que há de errado?
- Não gosto de pessoas.
- Você acha que isso é certo?
- Provalvelmente não.
- Você iria comigo ao cinema uma noite dessas?
Charles Bukowski in Factótum
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