Disse o profeta:
Não existe tristeza cristalizada mais cheia de estilo, que ter vivido na cinzenta Londres do começo dos anos oitenta. Sofrer, neste tempo, mais do que uma contingência da vida, transformou-se num sólido e poderoso movimento musical e estilo de vida: a era dark.
E o que isso significa em nosso luminoso trópico e na toda encantada ilha da magia?
Acontece que o sofrimento é universal e atemporal. A música é boa e temos por aqui, de vez em quando, nossos chuvosos dias de vento sul. Daí entra em ação um fã ardoroso do Rogério Skylab, agente secreto n° 1 do movimento anti-treta, Dj Calvin, comandando sua pick-up mágica dos encontros impossíveis. Apesar dos rumores, reza a lenda que essa figura possui, entre seus vários atributos, a incrível capacidade de ser bem quisto entre quase todas as raivosas tribos da cidade. Ele se confessa roquista e toca bateria (em pé) na banda Os Cafonas. E tem as calvinetes, mas isso é assunto pra outra conversa.
Tudo isso e muito mais está no Sins Pub, genial espaço no centro antigo da cidade, localizado numa casa colonial reformada, para realizar uma ponte bem-vinda entre a Londres dark dos anos 80 e a Floripa undertudo do século 21.
Prá facilitar, a casa funciona todas as noites, de terça a domingo e fica na rua Tiradentes, 143, Florianópolis.
Carta ao Canto dos Araçás
Disse o profeta:
Amigo, eu ando cansado, dessa minha nova ruga, dessa mesma velha fuga.
Da falta de coragem pra fazer uma tatuagem . O medo do permanente.
De não me reconhecer mais, nessa cidade que já foi minha.
Será que na rodoviária, ainda rola aquela famosa canja de galinha?
De chorar na sessão da tarde, bem naquela parte,
em que o mocinho beija a mocinha, a menina encontra a cachorrinha.
O inevitável final feliz.
Amigo, eu ando cansado de ficar pensando nessa bandida,
que eu amava e que me abandonou.
Amigo, mesmo assim, notícias suas sempre vão bem.
Como anda a bateira, os projetos, a família?
Tua voz na máquina me fez rir e acreditar
que ainda tem lugar no mundo pra mim e minha mania de choramingar
por coisas que pra ti são mais simples.
Porque tu já tens os calos nos lugares certos.
Abraço
Nilo Neto
Amigo, eu ando cansado, dessa minha nova ruga, dessa mesma velha fuga.
Da falta de coragem pra fazer uma tatuagem . O medo do permanente.
De não me reconhecer mais, nessa cidade que já foi minha.
Será que na rodoviária, ainda rola aquela famosa canja de galinha?
De chorar na sessão da tarde, bem naquela parte,
em que o mocinho beija a mocinha, a menina encontra a cachorrinha.
O inevitável final feliz.
Amigo, eu ando cansado de ficar pensando nessa bandida,
que eu amava e que me abandonou.
Amigo, mesmo assim, notícias suas sempre vão bem.
Como anda a bateira, os projetos, a família?
Tua voz na máquina me fez rir e acreditar
que ainda tem lugar no mundo pra mim e minha mania de choramingar
por coisas que pra ti são mais simples.
Porque tu já tens os calos nos lugares certos.
Abraço
Nilo Neto
Disse o profeta:
agora vou dizer um coisa bem séria pra vocês. eu estou de saco cheio de ficar sofrendo e choramingando pelos cantos. agora ela resolveu cortar contato de vez. e vocês sabem que eu tenho essa coisa com a comunicação. então estou muito puto e de vez em quando ainda tomo uns tragos e choro um pouco. é eu c-h-o-r-o por causa da maldita. hoje foi assim. acordei e estava passando um documentário qualquer na tv sobre uns índios ou uns bichos estranhos, sei lá, sei que deu essa choradeira. e eu fiquei meio surpreso, dizendo baixinho, que porra é essa, que choro é esse. daí passou. é desse jeito, vai e vem. mas o que interessa? tem mais umas outras histórias rolando mas nada que dê liga. que me faça apertar o passo pra chegar mais cedo em casa. fico só zanzando por aí, mamando umas cervejas e falando com umas pessoas, e também sorrindo de vez em quando. quer dizer, a vida normal, louca, estranha, sem pé nem cabeça, de sempre. la vida loca. uma bagunça. uma boa confusão. intensidade e frio na barriga. mas tento manter uma certa aparência de tranquilidade. é bom para os dentes. o sistema está aí pronto pra chutar bem nas bolas de quem faz barulho demais. então é melhor ficar na boa. beber em casa. dar uns bons chupões num pescoço cheiroso de vez em quando. sem pensar muito. sem fazer marola. não faz marola, nilo neto. e tem as palavrinhas pra brincar também. tem a poesia e essa coluna maluca aqui que ninguém lê, mas que dá prazer em escrever.
bom, vou ficando por aqui. tomara que passe logo esse calor. até mais.
agora vou dizer um coisa bem séria pra vocês. eu estou de saco cheio de ficar sofrendo e choramingando pelos cantos. agora ela resolveu cortar contato de vez. e vocês sabem que eu tenho essa coisa com a comunicação. então estou muito puto e de vez em quando ainda tomo uns tragos e choro um pouco. é eu c-h-o-r-o por causa da maldita. hoje foi assim. acordei e estava passando um documentário qualquer na tv sobre uns índios ou uns bichos estranhos, sei lá, sei que deu essa choradeira. e eu fiquei meio surpreso, dizendo baixinho, que porra é essa, que choro é esse. daí passou. é desse jeito, vai e vem. mas o que interessa? tem mais umas outras histórias rolando mas nada que dê liga. que me faça apertar o passo pra chegar mais cedo em casa. fico só zanzando por aí, mamando umas cervejas e falando com umas pessoas, e também sorrindo de vez em quando. quer dizer, a vida normal, louca, estranha, sem pé nem cabeça, de sempre. la vida loca. uma bagunça. uma boa confusão. intensidade e frio na barriga. mas tento manter uma certa aparência de tranquilidade. é bom para os dentes. o sistema está aí pronto pra chutar bem nas bolas de quem faz barulho demais. então é melhor ficar na boa. beber em casa. dar uns bons chupões num pescoço cheiroso de vez em quando. sem pensar muito. sem fazer marola. não faz marola, nilo neto. e tem as palavrinhas pra brincar também. tem a poesia e essa coluna maluca aqui que ninguém lê, mas que dá prazer em escrever.
bom, vou ficando por aqui. tomara que passe logo esse calor. até mais.
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