Disse o profeta:

Por essa luz que me alumia, busquei um sentido pra tudo isso.
Pra essa busca incansável, essa tentativa interminável e insana de, finalmente, encontrar um porquê razoável, e finalmente, definitivamente, depor as armas e descansar.
Somente aproveitar a luz suave da tarde iluminada do inverno.

Mas nem isso, quase nunca, fez sentido. A não ser por alguns breves minutos. Algumas leituras claras como o sol num dia frio, acompanhadas de um gole doce de café. Mas nada mais. Breve demais.

Tudo o mais tem sido confusão e alarido.
O discurso eterno se contradizendo: tese, antítese e síntese.
Só para gerar mais uma camada de ilusão e confusão, dentro e fora da grande cabeça, que nunca repousa, nunca dorme e nunca tem um equilíbrio: razoável, desejado e necessário.

Segue nesse sentido mais uma utopia: a de mergulhar um dia no todo oceânico, qual gota sem nome ou destino, para, aí sim, experimentar o silêncio iluminado, tal como o prometido em algumas filosofias dessa e de outras terras distantes e antigas.

Floripa 15/8/14

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